sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sexta de 5 anos atrás


Saí do meu trabalho eram 19 horas da noite. Passei no bar da esquina e joguei algumas partidas de sinuca valendo cerveja e no espaço de cada garrafa, uma dose de whisky.
Fumaça constante tragada e a realidade ofuscada.
Até mais! para os amigos velhos de bar e a conta no caderno para acertar na próxima quinzena.

Retornando para casa, agora as 22 horas marcando e avisando que talvez seja a hora. Tolo.
No caminho para casa encontro uma turma com duas violas e um clarão que por pouco não me cega vem de lá. Não consigo resistir, sou levado até lá. Drogas, uma menina cheia de historias e um violão sem uma corda para afinar.
Uns beijos naquela garota e a vontade de fazer sexo ali, naquela lugar. Ela pergunta se eu posso leva-la até a sua casa e eu digo, sim, é claro. Paramos em meio uma rua e na frente de um mercadinho ela começa a me chupar. Não lembro de camisinha e tudo acontece intensamente e a explosão do cosmo é sentir-la gozar.
Afunda suas unhas em meu ombro e arranca um pedaço do meu peito com uma mordida. Tenho certeza que não precisara jantar. Fodo ela com muito tesão e a deixo em casa depois de olhar que já se passavam 4 horas da manhã.
Finalmente chego em casa e me sinto sozinho e o silêncio me fez pensar demais.. Preciso sair!

Depois de um banho ouvindo um black sabbath as 5 da manhã. Faço um chimarrão e vou pegar um ônibus, depois o trem até a rodoviária, de la, vou a pé até o parque farroupilha.

Vejo amanhecer o dia e a tranquilidade de um lugar onde cruzam milhares de pessoas. Percebo que a paz chega com o amanhecer do dia.
 Depois disso não lembro mais o que aconteceu, afinal, a memória da gente é como aquelas fotos reveladas que guardamos na última gaveta e de vez em quando vamos fuçar.


quarta-feira, 12 de março de 2014

Essa Gira







Nos conhecemos em uma gira
A Padilha não iria mentir.
Cigana, exibida, girava livremente
Inconfundível véu...

Mãe Yansã nos deu conselhos
Disse:
Moça, Nego, Vão para o mato buscar sossego!
Era a verdade em seu apelo.

Se deixassem, Exu não ria embora
Tudo tem sua hora.

Bebeu whisky com Veludo
Ouviste conselhos da Padilha
Buscaste conforto, paz no espírito.

Deu seu ponto e foi embora!

É no buraco que a Padilha mora
É na calunga que a Padilha vai girar...

Girou o nosso mundo com o deles
Girou eu e você até as 4 da manhã

Linda a sua risada,
Eu dou o meu ponto
E você o seu
Andamos juntos para a encruzilhada.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Baby Satanás Linha 473

Duas árvores cinzas separadas por um banco sujo e verde
Meu cigarro senta de um lado e o universo no outro
A vida até esse dia passa diante dos meus dedos
Fumaça morta, misteriosa que conflita comigo
E me faz perceber que nasce dias em que não precisamos falar nada
Apenas fumar um crivo.