sábado, 7 de dezembro de 2013

Sobre a verdade



Um dia eu fiz uma experiência com um menino que era ao mesmo tempo meu amor e meu Guru.

Nós nos encontramos num cosmo estranho, deixamos as almas bem soltas e elas correram por todos os campos do mundo, e depois elas flutuaram adiante, puras e risonhas...

Sentamos num velho carro amarelo, munidos apenas de cigarros e cervejas e ele disse: vamos chapar, vamos pra qualquer lugar!
 Cruzamos as pradarias da America do Sul, vimos misteriosas estrelas incandescentes no céu, contamos e recontamos nossas malucas histórias à beira do fogo. Sorrimos, feito irmãos cósmicos. Ele me protegia de todos os tipos de escuro.
Depois a dor veio echoramos feito crianças chapadas e nos abraçamos pela primeira vez, e como se um desejo quase que infantil nascesse e beijamos nossos lábios pra sempre proibidos.

 Fomos foder juntos em Paris, no inverno, num hotel vagabundo perto da Montmadre. Deixamos nossas vidas cristalizadas e plácidas por um segundo. Acendemos juntos na janela um delicioso e único baseado e nos amamos, mil vezes sem um pingo de vergonha e sem um pingo de pecado. Gememos gemidos de incontáveis timbres, e tivemos na noite fria a doce compahia do fogo e do corpo. Andamos juntos na beira do Siena, sem compromissos ou cobranças,  vivendo uma liberdade distante da até então liberdade fustigada.


Um dia morremos e desaparecemos no vento, mas esse blog fica aqui como um meteoro de sensações que guardamos pra eternidade. Mentiras, verdades,devaneios, quem sabe?

Tudo é possivel em Júpiter, outro cosmo. Porque Júpiter é o nosso mais eterno segredo.

Aqui, por exemplo, eu posso dizer baixinho:
"eu ainda te amo'
ou
"eu nunca te esqueci"
e quem sabe eu posso ser direta e implorar
"me come um dia?"


Beijos. rs

(Nicole)

Um comentário: